Les Baliseurs du desert

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35 mmÁrabe2 legendas

Um jovem professor chega num vilarejo nos confins do deserto, perdido nas areias que o engolem pedra por terra. Não há escola. As crianças correm nas ruelas, constroem um jardim de espelhos quebrados na borda do vilarejo, enquanto outros dialogam com um espírito escondido num poço ou cavam o chão em busca de um tesouro. Nesse vilarejo, além das crianças, só restam velhos, mulheres e uma moça muito bonita e secreta. Os homens foram para o deserto em busca dos limites. Às vezes dá para ouvi-los, o vento leva seus cânticos tristes e envolventes de uma Andaluzia passada até o vilarejo. Consegue-se vê-los também, como uma miragem, ao longe, através das nuvens de areia que flutuam sobre o deserto infinito. Será que estão sonhando? Ou são os guardiões de “outro” mundo? O professor, esperando para romper o feitiço, vai se deixar enfeitiçar, retomar pelo mundo do deserto e nada poderá ser feito para impedi-lo de se juntar aos inspetores do infinito. Premiado em vários festivais, trata-se do primeiro filme do autor do famoso «Collier perdu de la colombe». Um início no qual já há esse ar de Mil e uma noites, onde o real e a magia se misturam se fundem na superfície das coisas e dos seres. A cultura árabe, para Nacer Khemir, enxameia entre Andaluzia e Sogdiane, entre Córdoba e Samarcande. Ele tira dessa cultura toda a sua inspiração. As imagens luminosas iluminam rostos de uma beleza misteriosa. A poesia dos gestos e dos objetos nos leva a um mundo fabuloso, a uma busca a um tempo perdido de amor e de liberdade, como balizadores em sua busca impossível dos limites do espaço e do tempo.

• Cinéma, Identité culturelle, Afrique du nord - Maghreb, Nature, Éducation