Dolo, le dernier dogon

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Escultor maliano, Amahiguere Dolo trabalha a partir de raízes de árvores coletadas no mato, dando forma a um universo inspirado em sua cultura dogon, codificada e secreta. Contudo, sua arte se inscreve plenamente na criação contemporânea ocidental. Interrogar as figuras esculpidas em referência direta à sua cultura, a cosmogonia dogon, constitui a trama do filme que acompanha Dolo a Segou, seu local de residência e de trabalho ao longo do rio Níger e em seu vilarejo natal, lugar sagrado. Dolo procura constantemente uma visão do invisível para dar forma à passagem, à transformação do invisível para o visível. Ele trabalha no pátio da sua casa, coletando madeira morta, esculpindo com gestos ritmados, talhando e polindo corpos que são inspirados pelo material. Dolo fala muito do povo dogon, da sua atração pelo trabalho de ferreiro que o força a romper com o proibido, da sua posição no campo do reconhecimento ocidental.

• Afrique, Art contemporain, Sculpture, Tradition