Postface : l'écriture en procès

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Alain Robbe-Grillet evoca o papel da lembrança na escrita e reflete sobre as origens do seu filme « Glissements progressifs du plaisir » (1974) – uma espécie de adaptação de « La Sorcière » de Michelet vista por Roland Barthes: ela não tem nenhuma preocupação de fidelidade ao desenrolar do livro, em compensação, uma grande fidelidade ao espírito duplo e perverso do livro. Seus relatos, cinematográficos ou literários, reúnem forças incompatíveis. Aqui é o homem que se apõe à mulher, o espírito de liberdade contra a ordem estabelecida. Em seguida, Robbe-Grillet aborda inúmeros temas numa leitura crítica com François Jost: a mulher como encarnação do mal, o aprisionamento, o sonho, o papel do mar, o leitmotiv. A destacar também a intervenção de Tom Bishop, universitário americano, que compara Robbe-Grillet a Beckett. Muitos comentários muito esclarecedores que alternam com inúmeros trechos do filme.

• Cinéma, Littérature